terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Cantando Caymmi



Dorival Caymmi com suas canções e o violão singular, muito particular na história do cancioneiro brasileiro, influencia desde sempre na minha forma de compor e ver a construção musical. Caymmi ambientaliza de forma cinematográfica as agruras e as festas dos pescadores, sua respiração, a festas para os orixás feitas pelos baianos, o lamento das mulheres e o seu amor por elas, de tal forma que é impossível não se criar, imediatamente as imagens e cenas. Todas conduzidas por um violão muito particular e misterioso, onde sofisticação e simplicidade caminham de forma intrínsecas.

Minha parceira, Marina Bueno é uma das mulheres de Caymmi. Nasceu no mesmo 30 de Abril assim como ele. Gravou "É doce morrer no mar" e é "Marina" de suas águas femininas. Desejou muito cantá-lo comigo. E eu, nem arredei respostas, desculpas, etc., aceitei logo. Claro!

Agora é fazer mais e mais Caymmi. Homenagem póstumas, mas que já era feita desde quando enveredamos para a profissão de músicos.

Em 2008, queria muito ter mostrado a Dorival a canção "O jangadeiro" que fiz em suas terras, mas quando decidir fazê-lo, ele furou a fila. Mas agora sei que ele já sabe, mas também não duvido de que quando encarnado, não soubesse, já que era uma entidade viva.

Mas é Dorival Caymmi...

Um comentário:

  1. Marquei de ir.. e nao fui..
    Como me culpo por nao ter te dado akele ultimo abraço de urso..

    meu mestre...

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