quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Sambêro

O Sambêro com a guimba canta Donga a voz rouca soa tradição.

Na calunga alinhava com as congas e a palma aponta a direção:

“Anjo, seu cajado é de lodo e barro”.

“Manjo, vai rezar reza forte prum santo”

Num partido era dito, o cogito,

Alambique e guizos no sermão

E rezava, o Sambêro, à São Benedito

Leva o manto sagrado a procissão.

Uma leva de homens e meninos

Somem à noite e deixam um vão

E deságuam almas e ritos

O copo e vela branca na mão:

“Banjo, o seu solo é ingrato e manco”.

“Santo era samba rezado em banto.”

Saltam becos, manjedouras, marafonas

Seu califado é a mesa do centro de um bar

O Sambêro, ora lento, ora de medo

Se esmera o partideiro do lugar.

Sua mandinga é o pingado pro santo.

Na sexta-feira de branco, banho de descarrego.

A guimba na encruza, marafo e cânticos.

É mais um cai inteiro:

“Banjo, o seu solo é ingrato e manco”.

“Santo era samba rezado em banto.”

“Anjo, seu cajado é de lodo e barro”.

“Manjo, vai rezar reza forte prum santo”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário